Antes de te Conhecer, de Lucie Whitehouse, [Opinião]



Género: Thriller
Editora: Bertrand Editora
Sinopse: Aqui

Opinião: By Aneal


As experiências que tenho tido ultimamente com novos autores, têm sido um pouco para esquecer, não é que me tenham desiludido de todo, mas é que estou sempre à espera de esbarrar com livros soberbos e autores diferentes para adicionar à minha lista de “autores a não perder”. Os títulos e as capas são em alguns casos os maiores culpados dessa expectativa, mas quem me manda a mim começar a leitura de um autor desconhecido com tanto entusiasmo? Ultimamente nem com aqueles de quem já sou fã o deveria fazer...

Quanto a esta novidade, foi a sinopse que me chamou atenção, porque pela capa original (a da rosa) não ia lá.

Inicialmente pareceu-me um livro interessante, embora estivesse a seguir no sentido de alguns thrillers psicológicos de sucesso já conhecidos. Mas de repente o enredo torna-se chato e anda ali em circulo, à volta de uma especulação que não avança.
Penso que houve ali uma necessidade por parte da autora em afastar-se ou criar algo diferente dos livros já existentes, mas se por um lado já começa a ser difícil escrever algo original, por haver tanto livro do género e se a isso juntarmos a falta de criatividade o resultado é fraco.
Não consegui criar nenhuma empatia com as personagens e o enredo é enfadonho e previsível.

A intenção da autora, era nitidamente a de escrever um thriller psicológico numa fase em que estes estão na moda e são grande sucesso, mas para mim não passou de uma história sobre a descoberta de mentiras num casamento, a procura da verdade por parte da esposa, o desespero provocado pela ignorância, levando a todo o tipo de especulação,após ultrapassar a negação. Um voltar ao passado desde o dia em que se conheceram, para tentar recordar algum indicio que tenha escapado e dê resposta aos acontecimentos.

Sensivelmente a meio, ainda pensei que o livro fosse seguir um rumo diferente podendo até recuperar, mas foram apenas algumas páginas com um pouco mais de mistério que não foram o suficiente para salvar o livro dando logo de seguida lugar a uma justificação pouco sólida a esse mistério ao olhos do leitor...

Resumindo: Para um publico mais exigente na categoria de thriller, este livro é fraco e fica muito abaixo das expectativas dos leitores. No entanto consegue-se ler até ao fim, coisa que em alguns nem isso.

Classificação Aneal: (4.5/10)

As Desaparecidas, de Megan Miranda, [Opinião]



Género: Thriller
Editora: TopSeller
Sinopse: Aqui

Opinião: By Aneal



“As Desaparecidas” está escrito de uma forma muito diferente e criativa podendo tornar-se estranho, este é um livro escrito da frente para trás. O enredo começa com apresentação das personagens, prepara-nos para os acontecimentos, de repente avança duas semanas e a narrativa passa a ser narrada, através de Nic, a protagonista, recuando um dia de cada vez, até ao dia 1, o início.

Nic é uma jovem mulher, que após o misterioso desaparecimento da sua melhor amiga, abandona a família e sua terra natal, bem como aqueles que da sua adolescência fizeram parte, iniciando uma nova vida na cidade. Forçada a regressar, por causa da frágil saúde do pai e desejo do seu irmão de vender a casa dos pais, Nic começa a reviver os acontecimentos de à 10 anos atrás, cruzando-os com alguns da atualidade.

"As Desaparecidas", não é um policial com uma investigação sobre o desaparecimento de duas jovens. Trata-se acima de tudo de um livro que retrata acontecimentos e atitudes de um grupo de jovens, visto através do olhar agora maduro de quem também fez parte dessa juventude. Trata-se de uma história de amizade, de amor e ódio...trata-se de conhecer e compreender, quem eram aquelas jovens antes de desaparecerem, para descobrir o que poderá ter-lhes acontecido...é nesta viagem que Nic nos leva, uma viagem cheia de segredos, uma viagem de retorno escrita “da frente para trás”.

Foi um desafio ler este livro, devido à sua estrutura, acho que seria bem mais fácil ter começado pelo último capitulo e ir avançado a leitura ao contrário. Por vezes senti-me um pouco confusa ao retomar a leitura, pois este seria um livro para ler sem interrupções, mas todos sabemos que é impossível. Arrependi-me de não recorrido a alguns auxiliares de memória. Para mim não foi fácil, talvez por ter sido a primeira vez, acompanhar um ou outro acontecimento “ao contrário”, dei comigo algumas vezes a recuar até ao inicio dos anteriores capítulos.

Resumindo: Gostei do desafio, gostei muito do enredo, as personagens não são de grande carisma mas aceitáveis, o final é interessante mas nada que torne o livro mais colossal.

Classificação Aneal: (7/10)


O Homem do Gelo, de John Sandford, [Opinião]



Género: Policial
Editora: Marcador
Sinopse: Aqui


Opinião: By Aneal

Tive o cuidado de ler primeiro o “Sem Regras” do autor para seguir uma ordem, mesmo tendo conhecimento de que este não era o segundo, mas o quinto da série Lucas Duvemport. Nestes casos todos nós já sabemos que existe sempre um buraco na história e embora em alguns não faça muita diferença, em outros ele é notório. Em relação a esta série, fiquei irritada! Dei de caras com um Lucas desconhecido apercebendo-me de alterações sofridas nos 3 livros intermédios. Isto levou-me a mastigar o inicio o livro, mas como o autor não tem culpa e ele até é bom escritor, fiz um esforço por abstrair-me desse fator e após ultrapassada essa irritação e indignação, envolvi-me no enredo e avancei na leitura com outro estado de espírito e ainda bem que o fiz.

Neste livro o autor não se acanhou com o uso de palavrões nos diálogos, e de algumas palavras capazes de fazer corar o leitor. Isto dito assim pode parecer ofensivo mas não é o caso, simplesmente torna as conversas mais realistas, tendo em conta o tipo de personagens envolvidas, também a temática utilizada no enredo é chocante. 

John Sandford oferece-nos um livro com personagens atrativas, com uma investigação envolvente e uma pequena e saborosa dose de ação. Um policial no verdadeiro sentido da palavra e bom por sinal.

Como não considero justo penalizar um livro pelo erro das editoras, vou esquecer que se trata de uma série e vou classificá-lo isoladamente. A partir daqui e tendo em conta o final deste, espero que a Marcador tenha respeito pelos leitores, continuando com a tradução da série e seguindo a ordem de publicação dos originais. Quero muito seguir este autor.

Classificação Aneal: (7.5/10)

O Carrasco do Medo, de Chris Carter, [Opinião]



Género: Thriller/Policial
Editora: TopSeller
Sinopse: Aqui

Opinião: By Aneal

O “Carrasco do Medo” é o segundo livro de Chris Carter e é de um nível de crueldade impressionável, superior ao primeiro. Chris Carter é um escritor com uma elevada criatividade para o macabro.

O autor não poupa o leitor a detalhes sórdidos, não sendo aconselhável a estômagos mais sensíveis.

Um assassino metódico com uma elevada paciência, um monstro que se alimenta do medo das suas vitimas, usando o que mais as aterroriza como forma de tortura, elevando a dor a uma dimensão alguma vez suportável. Com o ódio que lhes tem, transforma as suas mortes numa obra de arte arrepiante e digna do demónio, uma morte tão bem descrita no livro que não conseguimos evitar o assalto de imagens aterrorizantes à nossa mente.

Adorei este livro, mais do que “o Assassino do Crucifixo”. Tornei-me fã deste autor e aguardo ansiosamente pelo terceiro.  

Classificação Aneal: (9.5/10)

ashley bell, de Dean Koontz, [opinião]



Género: Thriller
Editora: IN
Sinopse: Aqui

Opinião: By Aneal

“Ashley bell” foi o primeiro livro que li de Dean Koontz, não conheço portanto as suas obras, nem sei se é costume dele escrever um enredo tão bizarro, mas isto é diferente de tudo que li até hoje dentro do Thriller. De salientar ainda são os títulos fora do comum dos capítulos, bem como as páginas negras a dividirem as 8 partes do livro.

Bibi, uma jovem de 22 anos que após lhe ter sido diagnosticado um cancro no cérebro, entra numa estranha e obrigatória missiva, como forma de pagamento pelo milagroso salvamento da sua vida inicialmente condenada à morte. A partir daqui entrei num enredo de franzir a testa.

Fui avançando nesta leitura sem perceber se Bibi, sofria de alguma espécie de loucura, sendo uma completa alucinada ou se era simplesmente o autor a recorrer ao sobrenatural. Só sei que fiquei presa à sua leitura, procurando uma explicação lógica e cientifica, para os acontecimentos descritos. A curiosidade levou-me a ler o livro até ao fim, sempre aguardando “a” grande revelação que iria mostrar-me o sentido oculto das “coisas”, vista de um prisma que me escapara.

Acredito que para muitos a desistência deste livro terá sido uma opção, ou poderá vir a ser. Vou mesmo arriscar dizer que “ashley bell” é um livro que, ou se adora, ou se detesta. Quanto a mim, porque sempre me senti atraída pelo bizarro e talvez porque li este livro na altura ideal, vou dizer que gostei da experiência. Achei especialmente interessante o último capitulo, mas vou já avisando, para aqueles que resolverem desistir, escusam de ir espreitar o tal capítulo, pois não irão entendê-lo devidamente.

Deixo aqui o desafio para lerem este livro e deixarem a vossa opinião.

Classificação Aneal: (6/10)