Opinião - A Vida na Porta do Frigorifico, de Alice Kuipers

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 240
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722342469
Sinopse: aqui
Depois de ter lido as duas opiniões na blogosfera, a do blog ...viajar pela leitura... - aqui e a do blog Leituras de A a B - aqui, ambas por sinal excelentes, fiquei simultaneamente curioso e intrigado, com uma pergunta a contorcer-se numa interrogação gigantesca por cima da minha cabeça:
- Como é que um livro, sendo constítuido apenas por um conjunto de post-it (frases simples e curtas) entre mãe e filha, pode revelar uma história plena e comovente?

Por isso, tive que descortinar este livro para encontrar essa resposta. E, sim, é possível! Cheguei ao final do livro, surpreendendo a mim próprio, desfeito em lágrimas, sentindo toda a dimensão da perda e da dor!

É uma ficçao bastante realista e dramática. Fez-me lembrar de um caso pouco semelhante sobre uma mãe que já não está entre nós. Era chefe de markting e trabalhava muitas horas. Só dispunha tempo para passar com o filho aos fins-de-semana... Surgiu-lhe cancro da mama, já no estado bastante evoluido, não tendo hipotese de ser curada. Era nova - 40 e poucos anos. Não a conheci, mas era chefe da minha irmã.

A forma como os post-it se entrelaçam, formando uma história comovente, é de uma originalidade única e surpreendente.

Recomendo a leitura.

Classificação: 8/10
(não classificada pela qualidade de escrita, mas sim pela originalidade e pela história)



Trailer Book

Opinião - Pânico, de Jeff Abbott

Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 468
Editor: Livraria Civilização Editora
ISBN: 9789722625197

A vida não poderia estar a correr melhor a Evan Casher: com apenas 24 anos, é já um realizador de documentários famoso e é feliz com a namorada, Carrie. Após um telefonema urgente da mãe, faz uma viagem inesperada a Houston. Aí encontra a mãe brutalmente assassinada e escapa por pouco a uma tentativa de homicídio. Raptado do local do crime por um mercenário enigmático movido por razões desconhecidas, Evan vê-se confrontado com a dura realidade: toda a sua vida não passa de uma mentira meticulosamente construída.

Foi uma leitura que me prendeu desde as primeiras às últimas páginas, numa corrida desenfreada de saber o desenlace. Um thriller inteligente, recheado de adrenalina, escrito de uma forma leve e cinematográfica. Acção, perseguições, mortes. Entre espiões por conta própria e CIA.

Todavia, podia ter sido melhor. O título sugere pânico e não senti todo este sentimento ao longo do enredo. E, quanto às personagens, estão pouco desenvolvidas. O que valeu mesmo, foi o suspense e o desenrolar da história.

Gostei!

Classificação: 4/10

Opinião - "A Ilha das Garças" de Sue Monk Kidd

Colecção: Romance
Nº págs.: 320
ISBN: 978-972-41-5319-3
Sinopse: clique aqui

E terminei este livro, deslumbrado e também algo surpreso.

Foi uma leitura que me envolveu completamente. A sensação foi como se estivesse a flutuar no rio de palavras cintilantes, juntamente com lendas de sereias e voos das garças, acompanhado de personagens tocantes e bêbedo de mistério desde as primeiras às últimas linhas. Uma escrita doce e aconchegante como uma manta aquecida pelo sol que nos leva a ronronar.

Não é uma história sobre sereias, mulheres com caudas de peixe, longe disto. Mas sim sobre personagens… Sobretudo sobre a Jessie, a personagem principal. Ela tinha um bom marido e uma filha maravilhosa, mas estava deprimida, oca por dentro, sem identidade. Sentia-se culpada pela morte do seu pai que tinha morrido numa explosão devido a uma faúlha do cachimbo, cujo objecto fora um presente dado pela Jessie ao pai; e estava de relações cortadas com a sua mãe assim como com a sua terra natal. Quando a mãe dela cortou o seu próprio dedo de propósito, obrigou-a a regressar à sua terra de origem para cuidá-la… Lá a Jessie irá ter liberdade, encontrar-se a si própria e apaixonar-se por um monge; e descobrirá que afinal não tinha sido o cachimbo a verdadeira causa da morte do seu pai.

A história assemelha-se a dois lados de uma moeda: tem previsibilidade e imprevisibilidade. A previsibilidade acerca da infidelidade entre Jessie e o monge e a imprevisibilidade acerca da morte do pai. A mãe andava a esconder algum segredo que andava a atormentá-la. As duas melhores amigas da mãe assim como o velho padre Dominic sabiam de alguma coisa, mas mantinham-se calados e misteriosos, talvez suspeitos. Eu fiz todo o tipo de especulações à medida que lia e afinal não acertei! O revelar deste mistério despoletou-me fortes emoções à superfície.

Se têm este livro na estante, não se vão arrepender de o ler. Há quem achou esta história estranha, talvez seja pelo facto de serem católicos e também por abordar um tema bastante forte, chocante e difícil de ser aceite. Garanto-vos que se vão encantar com as palavras, com as lendas, com o trono das sereias, até com a própria invulgaridade da história... Os sentimentos assim como as descrições estão muito bem aprofundados e enriquecedores!

Recomendo.

Classificação: 8/10



O livro foi adaptado para o filme televisivo, interpretado por Kim Basinger.


Leitura conjunta ou coincidência entre bloguistas?

Será que está a decorrer uma leitura conjunta deste livro "O Décimo Terceiro Conto" de Diane Setterfield? Ou será coincidência entre os bloguistas?

A Ligia do blog "BiblioMigalhas" (clique aqui) e a Diana Barbosa do blog "Refúgio dos Livros" (clique aqui) ainda estão a ler. Estou a aguardar...
As restantes já formularam as opiniões e são bastante positivas:
* Sofia do blog "Sofia e os livros" (clique aqui)
* MPatricia do blog "Entre Páginas" (clique aqui)
* Maria Manuel do blog "Marcador de Livros" (clique aqui)

No entanto, encontrei uma opinião oposta às anteriores num fórum gerido pela "Estante de Livros". Esta opinião foi escrita pelo Dexter (clique aqui).

Ainda vou esperar por mais opiniões, até que me decida de o acrescentar à lista de livros para comprar.

Opinião - Calafrio, de Sandra Brown

.::.

Duração de leitura:
25/3/2010 a 1/4/2010
Número de Páginas: 398
Editora: Quinta Essência
Sinopse: clique aqui
Opinião



Terminei este livro ontem e, finalmente, pude respirar! Foi realmente uma leitura compulsiva que me envolveu por completo!

Quando comecei, estava céptico e desconfiado. Parecia-me que ia ser uma história previsível, coisa que detesto, mas continuei. Desde a parte do livro, em que Lilly atropela um homem, ferindo-o com alguma gravidade e depois são obrigados a ficar numa cabana isolada no cume da montanha, devido à pior tempestade de neve, não parei a leitura. Este homem levava uma mochila. Quando a Lilly descobre o seu conteúdo, é asfixiante e terrorífico. Será este homem o assassínio das cinco mulheres? Os argumentos que ele arranja em sua defensa são muito inteligentes que irá baralhar/hesitar a Lilly. Mas a Lilly também é uma mulher perspicaz que não se deixava enganar facilmente. Infelizmente, está impossibilitada de fugir devido a este tempo. Encurralada com este presumível assassino. E pior ainda, ela é asmática e tinha deixado os remédios no carro lá fora. Vai ficando pior… Não tem telefone. Mas, antes de ficar sem rede no telemóvel, no primeiro dia conseguiu transmitir a noticia do acidente ao seu ex-marido. O que irá acontecer nesta cabana? Como irá ela vai fazer para salvar-se? E o que vai ele fazer à Lilly? O diálogo entre eles é super interessante e inquietante, contendo uma grande carga psicológica.

Enquanto eles estão encurralados na cabana, acompanhamos os acontecimentos na aldeia. O ex-marido, chefe da policia, faz os possíveis para ir à cabana para tirar a sua ex-mulher, mas é mais por ciúmes, por ela se encontrar com um homem, cuja aparência atraía e seduzia mulheres. Também iremos conhecer mais personagens, igualmente intrigantes, todos com os seus segredos mais recônditos, e iremos acompanhar a investigação e a perseguição do FBI até ao assassino.

É um policial bem estruturado, longe de ser previsível, com muitas surpresas e reviravoltas.

A capa é enganadora, parece ser um romance fútil e previsível. O que me impulsionou a lê-lo, foi a frase do Stephen King (um dos meus predilectos autores): “Se procura Suspense e romance compulsivo, Sandra Brown é a autora certa”. A capa devia ser igual à original, como podem ver a seguinte imagem, pois esta é que reflecte os verdadeiros ingredientes da história:



Se gostam de um bom policial mas leve, recomendo este. Não se vão arrepender. Ignorem a capa.
Classificação: 7/10