Opinião - Amor em Minúsculas, de Francesc Miralles

Edição: 2009
Páginas: 240
Editor: Edições Contraponto
Sinopse: aqui


Opinião:
A capa é muito bonita, no entanto não é o que parece ser. Este livro não é sobre um gatinho em especial, mas sim sobre o professor universitário chamado Samuel, um trintão isolado e insociável. Desde o aparecimento do gatinho, o mundo deste professor passa a ser aberto e surpreendente. O gatinho irá levá-lo a conhecer o vizinho Titus, um velhote sábio, e a veterinária. Depois, no momento em que Samuel ia fazer um favor a Titus (comprar uma peça de comboio), cruza acidentalmente com o seu amor da infância, Gabriela. Depois, para voltar a encontrar a Gabriela, Samuel decide ir a um café que se situa em frente do sítio de onde se cruzaram e neste café irá conhecer um senhor bastante filosófico, Valdemar. Se não fosse o gatinho, as coisas estariam iguais. Samuel continuaria dentro do seu casulo.

O livro está contado sob a primeira pessoa que é o professor Samuel, escrito como se fosse um diário. Os capítulos são curtos e cada um deles reserva uma mensagem filosófica e também referências a livros, filmes e músicas. Não é um livro que se lê com descontracção, mas sim que puxa pelos neurónios de reflexão. Foi por isto que demorei a lê-lo, pois não estou habituado a este tipo de leitura. Não costumo levantar questões filosóficas. Mas aprendi o bastante com este livro, gostei. Está escrito de uma forma nítida, interessante, agradável e acessível a qualquer leitor. Só fiquei um pouco desiludido com o final. Esperava que fosse outro.

Opinião - Morte Cega, de Karin Slaughter

Título Original: Blindsighted
Páginas: 356
Editor: DIFEL/Gótica
Tradução: Maria Dulce Guimarães da Costa

Sinopse

A sonolenta cidadezinha de Heartsdale, na Georgia, entra em pânico quando Sara Linton, a pediatra e médica forense da cidade, encontra Sibyl Adams, uma jovem professora universitária, morta no restaurante local. Sybil foi não apenas violada, mas também esfaqueada: dois cortes profundos formam uma cruz no seu ventre. Mas só quando Sara começa a autópsia que a violência do crime se revela em toda a sua brutalidade.
Jeffrey Tolliver, o chefe da polícia e ex-marido de Sara, é encarregado da investigação e, quando uma segunda vítima é encontrada, é forçado a encarar o facto de que o assassínio de Sybil não foi o ataque pessoal. O que ele tem de é um violador sádico que se tornou assassino e está a aterrorizar a população do condado rural de Grant.
No entanto, Jeffrey não está sozinho nesta complexa investigação. Lena Adams, a única mulher detective do condado, quer que seja feita justiça, tanto mais que Sibyl, a primeira vitima, era sua irmã. Também Sara não consegue escapar ao terror. Um segredo do seu passado pode ser a chave para descobrir o assassino – a não ser que ele a encontre primeiro!


Opinião:

O livro agarrou-me desde o início! A primeira vitima, Sybil Adams, para além de ser professora universitária, era cega e homossexual. Porque é que ela foi assassinada e por quem? Foram estas as questões que me levaram a ler, apesar de as descrições serem tão horripilantes, brutais e macabras!
No entanto, foi uma leitura viciante, em que não consegui parar, atingindo um recorde de leitura, +/- 80 páginas por dia, durante 4 dias!
Tive uma empatia imediata com os personagens principais, sobretudo com a médica forense, Sara, e com o chefe da Policia, Jeffrey.
Quanto à parte forense, apesar de super horripilante e agoniante, a autora escreve de uma forma que faz com que pareça interessante! Que é tentar perceber o que é que aconteceu exactamente através de feridas, nódoas, sangue e tudo.

«Sara nunca se tinha importado de fazer uma autópsia, nunca se tinha sentido perturbada com a morte. Abrir um cadáver era como abrir um livro; havia muitas coisas que se podia aprender com os tecidos e os órgãos. Na morte, o corpo ficava disponível para uma avaliação completa.» - Pág. 222

As emoções dos personagens são intensas e atingíveis, como se estivéssemos dentro da pele de cada um deles, menos o assassino que só é revelado no final. Ou seja, os sentimentos centram-se mais nas vítimas e nos personagens principais.

Para quem gosta de policiais pesados e tem um interesse especial pela medicina forense, posso afirmar que não se vão desiludir. É um thriller muito bom! Tais como o confirmam estas criticas de imprensa totalmente fiéis:

"Um argumento carregado de suspense, verdadeiramente brilhante e profundamente implacável." The Washington Post

"Lê-se de um só fôlego… e acerta-nos em cheio no alvo." - The New York Post

"Um primeiro romance que nos deixa perfeitamente extasiados. Com Morte Cega, Karin Slaughter salta directamente para a primeira linha dos melhores escritores de thrillers da actualidade." - Houston Chronicle

"Impiedoso, excitante e genuinamente alarmante… uma estreia formidável." - Literary Review

"Não o leia sozinho, não o leia à noite, mas por favor… leia-o." - The Mirror




Autora:
















Karin Slaughter
cresceu numa pequena cidade do Sul da Geórgia e vive actualmente em Atlanta. Na grande tradição dos thrillers literários, o talento de Karin Slaughter foi comparado ao de Thomas Harris (O Silêncio dos Inocentes) e Patrícia Cornwell. Morte Cega, o seu primeiro romance, publicado pela Gótica conheceu um enorme sucesso nos países onde foi editado. Um Muro de Silêncio é o seu segundo livro traduzido entre nós.

Site oficial da autora: http://www.karinslaughter.com/

Opinião - Começar de Novo, de Margarida Fonseca Santos

Editor: Oficina do Livro
Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 208
Sinopse: aqui


Opinião

Uma escrita que flui. Que se lê bem. Mas trata-se de uma história vulgaríssima que não traz nada de novo.
Não senti nenhuma ligação com os personagens, devido à simplicidade da escrita e ao pouco desenvolvimento do enredo. No decorrer da leitura, não vi reflectida a cor, a beleza e a força do Amor. Não me fez vibrar, doer, chorar ou rir. Li-o com emoção nula. Como se uma placa de vidro estivesse sobreposta sobre o livro em que nos impede sentir ou tactear as palavras. Também achei o desenrolar demasiado apressado que não é bem assim que acontece na realidade. E achei os diálogos absurdamente simples e curtos, sem pinga de maturidade.
O livro podia ter sido melhor, pois a escrita é boa e inspiradora. Um bom exemplar para iniciantes a escritores.

Opinião - Um Amor Assassino, de Julie Garwood

Encardenação: Capa dura revestida a papel couché impresso a cores
Número de Páginas: 384
Editor: Circulo de Leitores
Sinopse: aqui (é melhor não lerem a sinopse, pois contém "spoilers", não é a mesma que aparece na contracapa do livro, mas eu estou com uma preguiça terrivel para registar o que está escrito na contracapa)


Opinião


Resolvi experimentar o policial da autora Julie Garwood. Apanhei este livro em promoção por um preço atractivo!

Foi uma leitura simultaneamente viciante e divertida. Devorei à velocidade da luz, tal era a ânsia de saber o final. Este livro não é daqueles policiais pesados, sérios e difíceis de decifrar, mas sim um policial leve com lufadas de romance e humor que nos faz pensar, sentir emoções e rir.

A personagem principal é uma mulher chamada Avery, uma das melhores analistas criminais do FBI. No primeiro capítulo, iremos recuar à infância desta, prefiro não revelar os pormenores, mas a Avery foi abandonada pela mãe e criada pela avó e tia.
A história começa, com a Avery já adulta e a trabalhar no FBI, quando a sua tia desaparece misteriormente.
Acompanhamos a tia, testemunhamos o terror e a aflição dela. Achei hilariante e arrepiante, aquilo da tesoura a meio da noite enquanto ela dormia, uma cena de terror que me fez lembrar Stephen King.
Avery, como seria de prever, entra em acção, para descobrir o paradeiro da tia, uma vez que esta tem sido sua mãe.

Acção, adrenalina, discussões, paixão. Medo, terror. Aventura, explosão, mergulhos em rápidos. Humor.

As surpresas são previsiveis, mas não deixam de ser surpreendentes noutro sentido. A forma de como a Avery decifrou este mistério todo, gostei. Esta personagem cativou-me.

Foi uma leitura que me distraiu verdadeiramente. Um bom entretenimento.

Opinião - Almas Gémeas, de Alan e Irene Brogan

Título Original: Not Without You
Tradutor: Mário Dias Correia
Editor: ASA
Colecção: Documentos
Nº págs.: 256
Sinopse: aqui
Opinião

Estou sem palavras, bastante emocionado com esta história! Mas vou tentar de me expressar o que achei deste livro.

Uma história verídica, muito bem relatada, desde o dia em que Alan e Irene perderam as mães. Alan e os seus dois irmãos foram retirados do pai e levados para o lar. Irene ainda foi criada pelos tios durante um tempo, até que um deles morreu e a tia a “expulsou”. Não tendo ninguém para a sustentar, foi levada para o lar.


Lar Rennie Road

A forma como eles sentiram, quando se encontraram pela primeira vez no lar Rennie Road em 1959, é intensa e profunda. Cada palavra, cada brilho, cada cor. As brincadeiras, as cumplicidades, a sintonia. Quando esta amizade foi descoberta, foi de gelar. Alan foi imediatamente transferido para outros lares e mentiram à Irene de que tinha sido adoptado. Ao ler esta parte, senti uma imensa dor no coração e na alma de ambos.

Alan passou por torturas e maus-tratos terríveis e Irene por muito sofrimento psicológico, mas estiveram sempre um com o outro em pensamento e no coração, sempre com a esperança de que um dia voltassem a encontrar-se, o que aconteceu ao fim de 40 anos depois! Afinal, durante este tempo todo, estiveram sempre perto um do outro sem o saberem, por triz se encontrando!

Lê-se com emoção intensa, passando os dias a pensar neles, no que lhes teria acontecido. O fio de suspense mantém-se desde as primeiras linhas até às últimas, das lágrimas e dor até à felicidade plena com o casamento realizado entre ambos.

Reparem num ponto curioso: as semelhanças físicas entre Alan e Irene. As sobrancelhas inclinadas para cima, os narizes e o sorriso!

De regresso a Whitby em 2006, onde ambos haviam brincado juntos enquanto eram crianças

Mais informações:

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http://www.dailymail.co.uk/news/article-458393/Couple-orphanage-marry-chance-meeting-50-years-on.html

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http://www.dailymail.co.uk/home/you/article-1168028/True-loves-eternal-flame--8216-He-heart-45-years-8217.html
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http://www.dailymail.co.uk/news/article-458524/Orphanage-friends-love-45-years-apart.html