Opinião - A Independência de uma Mulher, de Colleen McCullough


Titulo original: The Independence of Miss Mary Bennet
Tradução: Luis Santos
Páginas: 384
Sinopse: aqui


Opinião:

A autora teve a ideia original de construir esta história a partir do clássico “Orgulho e Preconceito” de Jane Austen, usando as mesmas personagens com quinze anos de avanço.

O que terá acontecido a estas cinco irmãs Bennet? Principalmente, a irmã mais nova, Miss Mary Bennet?

Uma leitura que me exigiu bastante concentração ou mastigação visual de palavras para melhor compreensão. Excelente qualidade literária, riqueza de diálogos longos e ponderados, decência e educação rígida do Sec. XVIII. Mas a história em si não me cativou assim tanto, em comparação com os livros “O Toque de Midas” e “Tim” (os meus preferidos da autora Collen McCullough).

Ao princípio, a história começa muito bem, acompanhamos a luta de uma mulher magnífica, a Miss Mary Bennet, para obter a independência pessoal. Naquele tempo, uma mulher solteira sem damas de companhia e a desejar esta independência não era bem vista... Mas a Miss Mary Bennet tinha uma inteligência e uma cultura espantosas que a diferenciava das mulheres em geral. Uma força que até contrariava os homens. Rejeitava casamento. Fiquei fascinado com esta personagem, obviamente, mas depois a meio da história, a Miss Mary Bennet perde o protagonismo, fica quase esquecida... Porque ela foi raptada! Estamos então com a Lizzie Bennet e o seu marido Mr Darcy, com o seu filho mais velho Charlie, com o Angus que esconde uma paixão por Mary, com o misterioso Ned Skinner por quem o Mr. Darcy nutre uma estima muito grande… São tantas personagens que a Miss Mary Bennet fica para trás. Andam todos à procura dela. Haverá crimes. E depois há partes aborrecidas, mesmo paradas, que me fizeram bocejar… E por fim chega-se ao final, bastante rápido como uma queda livre em menos de um segundo, não nos dando tempo para termos uma ligação estreita com os personagens. A Miss Mary já não tinha a mesma força marcante do inicio. Fundiu-se entre os personagens, tornando-se uma mulher igual a outras, embora mantendo a inteligência, a força interior e os mesmos pontos de vista independentes.

Apesar de alguns pontos negativos, é um bom livro! Gostei do desenrolar da história. A influência e o poder político. Os crimes. A busca da Miss Mary Bennet. O rapto desta. As grutas. As seitas religiosas. A surpreendente revelação do Ned Skinner. E por fim, a construção dos orfanatos pelas irmãs.

Opinião - Os Olhos Amarelos dos Crocodilos, de Katherine Pancol

Edição: 2010
Páginas: 491
Editor: Esfera dos Livros
Tradução: Carlos Aboim de Brito
Sinopse: aqui


Opinião

Ao inicio, custou-me a entrar na história. Primeiro: a confusão da escrita francesa. Ora estamos na terceira pessoa, ora estamos na primeira pessoa. Segundo: a mudança brusca de personagens. Por vezes, dei por mim a reler mais do que uma vez. Terceiro: a futilidade, a fraqueza e a hipocrisia dos personagens. Fizeram-me abalar de irritação.

As opiniões da blogsfera convenceram-me a continuar a leitura. Foi difícil, a leitura a arrasar sob o peso de chumbo, sem ânimo. O livro tem cinco partes, só quando cheguei à terceira, é que a leitura começou a fluir com diversão e humor (achei demasiado engraçado os crocodilos com os seus olhos amarelos!). Os personagens passaram a ganhar outras “cores”. Mudanças, novos despertares e surpresas.

Gostei, mas não tanto quanto gostaria. É um livro demasiado fantasioso, uma espécie de um “conto de fadas”. Mas é, sem dúvida, altamente recomendável para o público feminino que se sente “desaproveitado”.


Informação:

Este é o primeiro de uma trilogia.



Site oficial da autora: http://www.katherine-pancol.com/