Explodido - "A próxima vez", de Marc Levy


Leitura: 15 a 23 Dez. 2012 
Páginas: 232 
Editora: Pergaminho 
Sinopse: aqui 

Tiro opinativo 

Este livro centra-se em torno de um pintor russo do século dezanove, chamado Vladimir Radskin. O Jonathan, personagem principal do livro, desde muito cedo que tem um fascínio pelas obras deste pintor. Vladimir Radskin viu a sua mulher a ser assassinada de forma sanguinária e, desde então, nunca mais pintou mulheres nas suas obras. No entanto, uma lenda afirma a existência de uma obra, na qual o pintor antes de morrer pincelou uma mulher. Jonathan e o seu melhor amigo Peter, ambos americanos, têm andado na busca dessa última obra, até que uma galeria de Inglaterra envia a notícia aos dois amigos que pretende pôr à venda 5 obras do Vladimir Radskin, entre quais a última tão procurada! E assim começa a aventura, seguimos os amigos a Londres, na descoberta deste misterioso quadro. Mas irão acontecer coisas estranhas e inexplicáveis ao Jonathan. Estes quadros irão juntá-lo a uma mulher e levá-los ao universo eterno do amor e da reencarnação.

Adorei a forma de como a história está relatada e de como o Marc Levy criou este pintor imaginário com as suas obras inexistentes. Um livro tão interessante, original e apaixonante! Gostei muito.


Classificação 
Cartucho de Prata
À Caça de Adversários 
(mais que se acusem!)

Explodido - "A Pecadora", de Tess Gerritsen

Leitura: 9 a 13 Dez. 2012 
Páginas: 400 
Editora: 11x17 
Sinopse: aqui 

Tiro opinativo 

Entrei neste livro completamente envolvido e aterrei nas últimas linhas bastante satisfeito. Mais um policial muito bom! 

Tudo começa com as duas freiras que foram atacadas com uma violência brutal no solo sagrado da Capela. Uma delas teve morte. A outra entrou num estado mortalmente critico. Quem as atacou e porquê? Fiz todas as deduções e falhei em tudo. A ligação deste crime com o outro crime vai dar a um desfecho surpreendente e chocante! 

E, é neste livro que a detetive, Rizzoli, e a rainha dos mortos, Maura, duas mulheres possuidoras de carapaças duras, fisicamente frias e autoritárias, invenciveis de nariz firme, tornam-se vulneráveis e expostas... Dada a dureza das suas profissões e dos crimes ocorridos, esquecemos de que elas são mulheres. Por isto, deu-me bastante agrado de ver o lado apaixonante, doce e feminino destas duas heroínas.

Gostei bastante!! E que venham mais livros da Tess Gerritsen!

Foi perfeito ler este cartucho nesta altura, pois todo o enredo da história desenrola-se precisamente  na época natalícia com a queda dos flocos de neve e o uivo do frio cortante.


Classificação
Cartucho de Prata

Explodido - "Um grito de ajuda", de Steve Mosby


Leitura: 25 a 30 Nov. 2012 
Páginas: 272 
Editora: Europa-América 
Sinopse: aqui (apresenta um erro que não foi o que exactamente aconteceu)


Tiro opinativo

Que dizer acerca deste livro do Steve Mosby, o primeiro que resolvi experimentar deste autor? 

A história começa com uma vitima que foi morta amarrada na cama, que pereceu de sede ao fim de três dias, por ninguém ter ido a casa vê-la ou por ninguém se ter preocupado com ela. Na verdade, o assassino fez-se passar por ela, enviando msgs escritas ou e-mail aos amigos e familiares da vitima, e ninguém adivinhou que não tinham sido enviados por ela mesma. A vitima ficou ali a morrer lentamente. As consequências são absolutamente terroríficas... 

Ao principio, custou-me a entrar na história... O ambiente pesado do enredo e o drama dos personagens. A morte trágica do filho do detective... A auto-mutilação da Mary que cortava a sua própria carne precisando de ver o sangue a escorrer para libertar a sua dor e as suas recordações turvadas pelos abusos violentos do seu pai... A corrupção policial e a prisão do pai da Mary... 

Acompanhamos o Dave e os seus relacionamentos falhados. Uma das suas ex-namoradas terá a mesma morte que a vitima teve no inicio do livro. A segunda também.... Quem é o assassino? E porque as ex-namoradas do Dave? Pus-me a raciocinar, pensando nas duas pessoas. Mas um pormenor baralhou-me e não podiam ser estas pessoas. 

Não conseguia parar de ler, só para saber o desfecho, mas cheguei ao fim da história, confuso e desiludido. Há reviravoltas surpreendentes, mas achei que as coisas não se encaixavam bem, uma delas não batia certo... Apesar deste o único senão, o enredo está muito bom. As descrições psicológicas são palpáveis ao ponto de serem dolorosas e asfixiantes. E é impressionante a forma "doentia" como nos faz devorar o cartucho até às últimas linhas.


Classificação
Cartucho de Cobre

Explodido - "Um Homem de Sampetersburgo", de Ken Follett

 

Leitura: 14 a 24 Nov. 2012
Páginas: 292 
Editora: Circulo de leitores
Sinopse: aqui 


Tiro Opinativo 

Uma história vibrante e interessante que me prendeu até às ultimas linhas do livro...

Apesar de haver politica a mais e acção a menos, em que a Inglaterra tenta construir uma aliança com a Rússia enquanto a Alemanha se prepara para a guerra, tem uma força fascinante que nos põe agarrado à história como um iman invisivel, ansiosos por saber o que acontecerá ao misterioso homem de Sampetersburgo, o anarquista russo que pretende matar um principe russo que se encontra em Inglaterra para negociações politicas. No meio disto tudo, conta uma história de amor muito forte que não se apagou durante 19 anos, esta história que me fez sentir bastante tocado.

 Gostei muito!


Classificação 
Cartucho de Prata

À Caça dos Adversários 
(recomendo altamente a leitura da opinião da menina dos policiais, onde estão apontados alguns aspectos ricos acerca deste livro, explicados com uma precisão nítida e transparente.)

Explodido - "Raptada na Noite", de Patricia MacDonald

Leitura: 4 a 11 Nov. 2012 
Páginas: 400 
Editora: 11x17 
Sinopse: aqui 


Tiro Opinativo 

Vinte anos mais tarde, o ADN veio confirmar que Lazarus Abbott, o homem executado à morte por rapto, violação e assassínio da irmã de Tess, afinal não era o verdadeiro assassino. 

Quase todos se põem contra a Tess por ter tirado a vida a um inocente com o seu testemunho, embora ela continue a afirmar-se que tinha sido este homem, que não podia ter sido engano. Ou será que estava mesmo enganada? O que se passou exactamente?! 

O filho adoptivo de Tess, com apenas 10 anos , é que vai ter uma ideia do que poderá ter acontecido, que levará a própria Tess a investigar…. E o que esta vai desvendar, é absolutamente intrigante… Pista a pista vai levá-la ao final inesperado e impensável! A parte mais forte do livro é quando o filho da Tess é raptado… 

Este livro foi o melhor que li da autora Patrícia MacDonald, gostei muito. Recomendo este policial no dia de chuva em frente da lareira…. 


Classificação 
Cartucho de Prata

Explodido - "Com o amor não se brinca", de Mônica de Castro

Leitura: 28 Out. a 4 Nov. 2012 
Páginas: 272 
Editora: Vida & Consciência 
Sinopse: aqui


Tiro opinativo

Que dizer deste cartucho literário de edição brasileira e psicografado pelo espírito Leonel? A capa e o titulo impulsionaram-me para ler e mergulhei nesta história com uma sede misteriosa.

Trata-se de um romance espirita, envolvendo dois gêmeos verdadeiros e uma mulher, no tempo em que havia escravatura, cavalos e fazendas . Um dos gémeos tem um ódio tão grande pelo outro e irá fazer tudo para danificar a felicidade deste.  


Pág. 26

“Já era tarde da noite, e Júlia não conseguia conciliar o sono. Por mais que quisesse, não podia parar de pensar em Fausto. Ele era um rapaz maravilhoso. Bonito, maduro e, acima de tudo, uma alma boa e generosa. Lembrou-se do piquenique do outro dia, do quanto riram e gargalharam juntos. Estava feliz. Gostava dele e sabia que ele também gostava dela. Quem sabe agora, finalmente, não poderia amar alguém de verdade? Ela também já não era mais nenhuma menininha. Já passara dos vinte e cinco anos e ultrapassara, em muito, a idade de se casar. No entanto, jamais se apaixonara por ninguém. Todos os homens que conhecia eram frívolos e fúteis, e nada tinham a oferecer. Júlia, ao contrário das outras moças, não se importava de ficar solteira. O que não queria era casar-se por medo ou obrigação. Não precisava de ninguém, e pouco lhe importava a opinião que faziam a seu respeito. Se quisessem, que a chamassem de solteirona. Mas ela não se casaria sem amor. Isso nunca. Só que Fausto… era diferente. Era íntegro, honesto, interessante, e ela já não conseguia esconder de si mesma a atração que sentia por ele.

Em seu quarto, Fausto também não parava de pensar em Júlia. Ela era maravilhosa! Linda, meiga, alegre e decidida. Tudo o que um homem feito ele poderia desejar numa mulher. Assim como Júlia, Fausto também se apaixonara. Sabia que seu coração ansiava por encontrá-la novamente e sentia como se tivessem nascido um para o outro. No entanto, havia ainda Rodolfo. Ele conhecia o irmão muito bem para saber que ele também se interessara por ela. Mas, o que diria Júlia? Eles eram gêmeos, e será que ela já teria firmado uma preferência entre eles? Fausto sorriu intimamente. Estava certo de que Júlia gostara dele e não do irmão. Eles não ficaram quase tempo nenhum juntos. Ele sentiu pena de Rodolfo. Se também estivesse apaixonado, sabia que iria sofrer, porque ele não iria abrir mão da amada em função de ninguém.

Rodolfo, por sua vez, passeava no jardim. Ia fumando seu charuto, caminhando vagarosamente, penetrando por entre a escuridão que a madrugada sem lua deitava sobre a terra. Também ia pensando. Júlia era uma moça encantadora, e ele não podia esconder o seu interesse. Sabia, porém, que o coração dela já estava preso ao de Fausto. Pudera perceber que o irmão gostava dela e que era correspondido nesse sentimento. Pensando nisso, sentiu uma pontada de raiva, e o ciúme começou a doer dentro do peito. O que fazer? Ele ficou ali, imaginando um meio de acabar com aquele encantamento entre Fausto e Júlia. Precisava tomá-la do irmão a qualquer preço. Depois que conseguisse separá-los, veria o que fazer com ela.”


E cheguei ao final do cartucho bastante emocionado, impressionado e tocado. Os sentimentos que transparecem nesta história são bastante reais. O amor, o ciume, a amizade, a vingança, o ódio, a humilhação... Há os bons e os maus. E encontramos todas as respostas no final. Tudo isto tem a ver com vidas passadas (reencarnação).

Gostei muito, um cartucho definitivamente a guardar!

Explodido - "Um Olhar na Escuridão", de Mary Higgins Clark


Leitura: 16 a 27 Outubro 2012
Páginas: 256
Editora: Europa-América
Sinopse: aqui


Tiro opinativo 

Mais um excelente cartucho da "Rainha do Suspense" que muito me agradou de ler! A melhor parte foi o final, em que devorei à luz da velocidade, como podem verificar o gráfico da minha leitura, num pico acelerado!


Muito interessante esta história que gira em torno da jornalista Pat Traymore que foi contratada para fazer um documentário sobre a senadora Abigail. A Pat ficou órfã aos 3 anos de idade. Dizem que o pai matou a mãe e depois suicidou-se. A filha estava com eles quando ocorreu esta tragédia, mas não se recorda... A Pat decide voltar a esta casa, a fim de explorar os pertencentes do pai e procurar a razão deste comportamento dele. O pai era congressista. Ninguém sabe que a filha sobrevivera ao coma causado por este incidente.

Enquanto a jornalista investiga a origem e o passado da senadora, é ameaçada por alguém que se diz ser "um anjo de misercórdia, libertação e vingança". Este louco não quer que ela faça este programa. No decorrer da investigação, a jornalista vem a saber que a senadora era amiga do pai e da mãe dela. No entanto, esta não quer que os pais da Pat sejam mencionados ou incluídos no programa. Tudo torna muito intrigante, o que nos leva a querer ler mais...

Gostei muito da forma como se desenrola a história. O trabalho da jornalista, a escolha de cenários para filmar, a recolha de dados, a investigação do passado da senadora. Tudo isto com a ameaça e o perigo à espreita.

Classificação 
Cartucho de Prata


Este livro foi adaptado para a série televisiva em 1987 - aqui.


Explodido - "A Estranha Viagem do Senhor Daldry", de Marc Levy

Leitura: 6 a 14 Outubro 2012
Páginas: 238
Editora: Contraponto
Sinopse: aqui

Tiro opinativo

Este cartucho recente do Marc Levy ultrapassou as minhas expectativas, surpreendendo-me pela positiva! A maturidade da escrita, os pormenores bem delineados e desenvolvidos da história, até o conceito de amizade e do amor transparece em pureza e doçura.

Não é uma história de amor entre um homem e uma mulher, mas sim a construção do amor que nasce da amizade. A originalidade desta história começa, quando uma vidente diz à Alice que, para encontrar um homem da sua vida, ela terá que passar por 6 pessoas, mas para isto terá que ir viajar à Turquia.

A Alice vive sozinha em Inglaterra e tem um vizinho chamado Daldry. Ela é criadora de perfumes e ele um pintor. Por casualidade de vizinhança, conhecem-se. O dialogo entre os dois é interessante, educado, humorístico e limpo. Os defeitos entre os dois sobressaem com encanto e naturalidade.

Foi delicioso e divertido viajar com estas personagens à Turquia, um pais que me é desconhecido. Fiquei a conhecer Pera Palas Hotel onde Agatha Christie tinha um quarto habitual, senti-me contagiado pela simpatia dos turcos, e fiquei bêbado de curiosidade com a comida tradicional deste país. Pouco sabia da queda do Império Otomano, mas o autor tão bem o simplificou, que me senti mais rico a nível de cultura.

Gostei muito desta história, porque valorizo este tipo de amizade, infelizmente escassa hoje em dia.
 
Classificação 
Cartucho de Prata 
 
À Caça dos Adversários
 As Leituras do Corvo
As Histórias de Elphaba
 
 

Explodido - "Os Diários Secretos", de Camilla Läckberg

Leitura: 12 de Setembro a 5 de Outubro 2012 
 Páginas: 520 
Editora: Dom Quixote 
Sinopse: aqui 
 
Tiro opinativo

Neste 5º volume, acompanhamos a Erica na investigação sobre o passado da sua mãe, através dos pertencentes que a Erica tinha encontrado no baú, entre quais a medalha nazi e os diários escritos pela mãe com então 16 anos de idade.

Por que razão a mãe, ao longo dos anos da vivência familiar, não tinha dado um amor maternal à Erica e à sua irmã Anna, mantendo sempre uma frieza e uma distância fisica?! Porque é que a medalha nazi estava guardada no baú e que significado ela tinha? E os diarios, o que eles revelavam acerca da mãe? E o mais intrigante, um historiador especializado da 2ª Guerra Mundial, Erik Frankel, a quem a Erica entregara a medalha nazi a fim de obter informações, foi assassinado pouco tempo depois desse dia.

Gostei da forma como se desenrola a história. Antes de cada capitulo, estamos em 1943, ao lado de uma mãe da Erica muito jovem, e vamos sabendo o que se passou, ao passo que no presente a Erica desvenda as pistas através dos diários e dos homicidios, somando uma mais uma, até descobrir as respostas. E achei interessante, os factos históricos que se passaram entre a Suécia e a Noruega no tempo da 2ª Guerra Mundial. Contudo, a história não tem muita acção que pode desiludir aos mais aficcionados de thrilles acelerados à hora, porque não só fala de crimes como também fala de relacionamentos e problemas psicologicos das personagens.

 Foram estas personagens que me deram uma companhia agradável e um humor garantidos. Ri-me bastante do Patrick em licença de paternidade levando a sua filhinha Maja para os sítios onde não deveria levar, e também do Mellberg em relação ao cão que foi encontrado abandonado à porta da esquadra. Foi bom reencontrar a Anna e o Dan a construirem uma vida em conjunto, com os filhos dela e a filha do Dan, estes problemas são comuns e frequentes nos dias actuais, o divorcio, os padrastos e as madrastas, as rotinas alternadas e os espaços invadidos. Foi curioso ver o estreitamento da amizade entre Patrick e a sua ex-mulher Karin, e o facto de Erica confiar no marido. Até fiquei surpreendido com a Kristina, a mãe de Patrick, que afinal não é o que aparenta de ser. Também gostei muito da nova agente Paula.

Estou desejoso por ler 6ºvolume para reencontrar estas personagens, que venha depressa!

Classificação 
Cartucho de Prata 
 
Á caça dos Adversários 
 a menina dos policiais
(mais que se acusem!)

Explodido - "O Aprendiz", de Tess Gerritsen

Leitura: 4 a 19 de Junho 2012 
Páginas: 412 
Editora: Bertrand Editora 
Sinopse: aqui

Tiro opinativo 

Voltei a enveredar-me pelo mundo policial da Rizzoli e Isles, logo imediatamente a seguir à leitura do 4º desta saga (ver opinião), porque já tinha este cartucho, pousado perigosamente na mesa de cabeceira, o que fez com que me atraísse a pegá-lo! 

Neste cartucho, também em formato de bolso como o anterior, Rizzoli aparece em primeiro plano enquanto no 4º era a Isles que preenchia o protagonismo. Passei a conhecer melhor a detective Jane Rizzoli, uma mulher de fibra forte, indo ao fundo do seu âmago, onde flutuam os seus sentimentos frágeis e pessoais, e também a conhecer o seu homem que aparecera ausente no cartucho anteriormente lido. 

Mais uma vez, a forma como está escrita, surpreende-me. Achei bastante interessante, por exemplo, a descrição do sangue, com os seus pormenores todos, em poesia, cheiro e morbidez. E também alguns factos como a neurologia de que gosto muito. 

Não sou médico, embora tenha estudado a Ciência e conheça bem o funcionamento do nosso organismo, achei que a autora simplificou tudo com uma clareza que permite dar compreensão aos leitores que desconhecem estes conceitos científicos. 

É de prender, desde as primeiras páginas ao derrame das últimas palavras, o enredo que se desenrola sem nos dar tempo para fôlego, contudo o final rebenta numa desilusão, porque termina abruptamente ensopado de acção empobrecida. 

Classificação 
Cartucho de Prata 
 
Á caça dos Adversários 
(mais que se acusem!)

Explodido - "Duplo crime", de Tess Gerritsen

Leitura: 14 a 24 de Maio de 2012
Páginas: 448
Editora: Bertrand Editora
Sinopse: aqui


Tiro opinativo 

Comecei a entrar no mundo policial da “Rizzoli e Isles”, com este livro, sem saber que este pertencia à série e que era o quarto volume. Fui inesperadamente atraído pela capa e pela sinopse, apesar de se tratar de um livro de bolso, tamanho de que não sou um verdadeiro apreciador.

A história começa de uma forma bastante estranha, em que a médica legista Maura Isles chega à rua da sua residência, vê muita gente em frente do seu prédio e os carros da polícia a faiscar de luzes azuis… As pessoas quando a vêem têm uma reacção de gelar o sangue, porque o primeiro pensamento que tiveram foi que ela era uma morta viva, ou seja, um fantasma! Houve um homicídio neste sítio e a pessoa que fora assassinada era cópia exacta da médica. Acontece que a Isles não tem ou pensava que não tinha uma irmã…

Acompanhamos, então, a médica na investigação ao seu passado, a raspar fundo o esqueleto da sua genealogia, e o que se descobre é realmente medonho e inimaginável, deveras macabro, quanto mórbido de arrepiar!

Foi viciante ler este volume, desde as primeiras linhas às últimas, uma escrita fluente e envolvente. E gostei da reviravolta do final, quando se pensava que o assassino era aquele, afinal era o outro.

O facto de ser o 4ºvolume não me fez confusão, embora a Rizzoli neste volume, já tenha as cicatrizes formadas nas mãos e tem uma coisa na barriga… E não é o que me vai impedir de ler os anteriores volumes, o que já fiz lendo o 2º, porque esta autora é realmente fantástica. 


Classificação 
Cartucho de Prata
 

Explodido - "O Tempo dos Amores Perfeitos", de Tiago Rebelo

Leitura: 20 de Agosto a 11 de Setembro
Páginas: 417
Editora: Editorial Presença
Sinopse: aqui

Tiro Opinativo

Fiquei absolutamente deslumbrado com este livro, uma literatura rica de pormenores e emoções, que me fez escutar a melodia por entre palavras, olhos adocicados e surpeendidos perante a realidade que se passou em Angola, a expansão do império português em África, a guerra e os povos indigeneas, o sabor intenso da paixão e da aventura, a magnificiência da escrita que nos prende em ondas deliciosas da História...

A história gira em torno de um grande héroi Carlos Augusto de Noronha e Montanha, o "Muxabata" por quem o designavam as tribos, um ilustre antepassado do próprio autor Tiago Rebelo. Um grande guerreiro de bigode, por quem Leonor, a esplêndida filha do coronel, se apaixonou.

Desde o inicio, não se consegue largar o livro, o suspense se mantendo numa ânsia de terminar depressa a fim de saber o final e ao mesmo tempo numa ânsia de não querer sair da história para assim saborear a doce fluidez da descoberta sob o pano de fundo da História... Quando fechei o livro, dei um suspiro longo e profundo. Carlos Augusto de Noronha e Montanha ficou a pairar sobre o meu espirito.

Não quero contar, nem resumir a história... o livro está à vossa disposição, basta abrir... os panos se levantam... aparecem Carlos e Leonor num convés da corveta que flutua sobre a imensidão oceanica, a conhecerem-se pela primeira vez, conversando e fumando charutos... Deixem-se levar pela dimensão dos sentimentos, num vaivem ora ameno ora tempetuoso. Leêm-se simplesmente de espirito aberto e de coração acendido de paixão.

Este é definitivamente um dos melhores cartuchos que já li este ano.

Classificação 
Cartucho de Ouro 
 
À Caça de Adversários 
 Tertúlias à Lareira 
planeta marcia 
 manta de histórias  
conspiração das letras

Explodido - "Verão Quente" de Domingos Amaral


Leitura: 29 de Junho a 10 de Julho 
Páginas: 320 
Editora: Casa das Letras 
Sinopse: aqui 

Tiro opinativo 

Depois de uma leitura esplêndida com o livro “Enquanto Salazar dormia” que me levou a recuar ao tempo da 2ª Guerra Mundial, em que Lisboa acolhia ingleses, alemães e judeus graças à “neutralidade”de Salazar e transpirava espionagem por todos os seus poros, mergulhei de novo ansioso no livro recente. 

A primeira pessoa, não sei como ele se chama, vai investigar o crime ocorrido na Arrábida em 1975, a pedido da Julieta quando esta recupera a visão por milagre após 28 anos na cegueira. Mas é mais por ele ter sido atacado pelo “cúpido de amor” a Redonda, filha da Julieta, que o impulsiona a vasculhar este crime. Vai entrevistar a polícia, o advogado, e outras pessoas que estiveram envolvidas neste homicídio. 

A meio do livro, a história começa a tornar-se estranha e azeda a respeito do amor... E, não entendi bem o que se passou na política entre 1974 e 1975. Spínola, Vasco Gonçalves, uma sucessão de nomes políticos que nunca ouvi falar ou já não me lembrava o que tinha estudado na História de Portugal. 

Não gostei das personagens e muito menos do desenrolar político que está muito resumido e confuso. 

Classificação 
Cartucho de Lixeira 

 À caça de adversários 
planetamarcia

Explodido - "A Vida Sabe o que Faz" de Zibia Gasparetto


Leitura: 7 a 13 de Maio  
Páginas: 256  
Editora: Nascente  
Sinopse: aqui

Tiro opinativo


A escrita está muito longe de ser considerada como literatura, mas a história prendeu-me. Senti-me envolvido por uma sensação de bem-estar espiritual, fé e iluminação. A capa do livro não é o que se aparenta ser. Não fala da guerra, nem é sobre o amor. Mas, sim, é sobre a vida e o espiritismo. Que nada é por acaso, que estamos aqui para cumprir as nossas missões enquanto seres vivos, acima de tudo, para corrigir o que fizemos em vidas passadas, em que é necessário para subirmos a um nível espiritual mais elevado.

Temos o Carlos que voltou da guerra ao fim de 5 anos e a família dele que é muito pessimista. O pai e a irmã não acreditavam que era possível melhorar as coisas e deitavam palavras venenosas ou negativas ao Carlos. Só a mãe o apoiava e defendia.

Temos a Isabel que pensava que o seu noivo Carlos tinha morrido na guerra por não ter recebido notícias dele e apaixonara-se pelo Gilberto. Também conhecemos a família dela, uma mãe viúva que é fantástica e uma irmã bem disposta. Elas, mais a prima, irão ajudar muito a Isabel.

Temos o Gilberto que é medico e que irá casar com a Isabel. Ele tem um irmão bastante sensível que é espírita e uma irmã estudante de advogacia. É o irmão que ajuda a mãe a gerir a quinta. O pai irá dar desgraça a todos, tirando o dinheiro todo e fugindo com a outra mulher.

O Carlos, quando regressa ao seu país, tem uma desilusão tão grande e violenta com a rejeição da Isabel, mas isto vai levá-lo a um bom porto. É o segredo da história que têm de desvendar lendo. As surpresas serão muitas.

 Gostei imenso do livro, com pena de ter terminado, pois já me sentia bem familiarizado com estas famílias. A vida faz-nos bem, sabe realmente o que faz.


Classificação
Cartucho de cobre  
 
À Caça de adversários  
Torta de Abacaxi

Explodido - "Já ningém morre de amor" de Domingos Amaral



Leitura: 30 de Abril a 5 de Maio
Páginas: 240
Editora: Casa das Letras
Sinopse: aqui 
 
Tiro opinativo
 
Gostei bastante deste pequeno livro. Uma história sobre quatro gerações no universo masculino: bisavô, avô, pai e filho. Está escrita de uma forma que nos enleva e ao mesmo tempo nos pesa. O amor é bonito, mas triste. Só para esta família Palma Lobo. Todos que morreram de amor.

O autor tem cada imaginação, pegou nos personagens fictícios e colocou-os no enquadramento histórico de Portugal. O tempo de Salazar, as colónias em África, a revolução de 25 de Abril, o caos politico em que se tentou o comunismo, e a instalação da democracia. Havia coisas que eu não sabia, por exemplo, o que se passou no alentejo.

 De facto, é uma história trágica que só deve ser lido com um espírito adequado. Se estão deprimidos ou a nadar na maré de maus amores, não leiam.



Classificação
Cartucho de prata

À Caça de adversários
a das artes - leituras
 os meus óculos do mundo
marcador de livros
palavras impressas

Explodido - "Noite sobre as Águas", de Ken Follett

Leitura: 15 a 29 de Abril 
Páginas: 528 
Editora: Bertrand Editora 

Sinopse 

Em 1939, com a guerra a acabar de ser declarada, um grupo de pessoas privilegiadas embarca no mais luxuoso hidroavião de sempre, o Pan American Clipper, Boing 314, de Inglaterra a Nova Iorque sobre o Atlântico: um aristocrata britânico, um cientista alemão, um assassino e a sua escolta, uma jovem em fuga do marido e um ladrão encantador, mas sem escrúpulos. Durante trinta horas, não há escapatória possível desse palácio voador. Sobre o Atlântico, a tensão vai crescendo até finalmente explodir num clímax dramático e perigoso

Tiro opinativo 

Antes de viajarmos no luxuoso hidroavião, são nos apresentados os personagens. Assim quando entramos neste palácio voador, já conhecemos bem os passageiros. Não se consegue parar de ler desde que o engenheiro de voo recebe uma chamada telefónica: a sua mulher foi raptada e ele terá que seguir as instruções de um misterioso passageiro que irá embargar. Fiquei a transpirar de suspense! Os passageiros são variados (fascista, cientista judeu, assassino, ladrão, gangster...), tornando um enredo interessante, enervante e intrigante.O final apanhou-me desprevenido, julgando que ia acabar assim e afinal acabou de outra maneira.
Gostei bastante da forma como a história se desenrolou neste luxuoso hidroavião, que existiu de facto, entre 1938 e1941. Senti-me a voar no seu interior como que a três dimensões.







Classificação 
Cartucho de Prata 

À Caça de adversários

Explodido - "Antes de dizer Adeus" de Mary Higgins Clark


Leitura: 1 a 13 de Abril 
Páginas: 218 
Editora: Europa - América 

Sinopse 

Neta de um importante e poderoso político, Nell MacDermott sempre esperou poder seguir as pisadas do avô. Infelizmente, o seu marido Adam, um arquitecto, encontra-se sob investigação acusado de esquemas pouco claros no ramo imobiliário. Quando Adam e alguns dos seus sócios são mortos numa explosão, Nell e a sua amiga Lisa (que também perdeu o marido na tragédia), tentam descobrir os culpados. Com a ajuda de um detective e de um médium, Nell consegue aproximar-se da verdade e torna-se no próximo alvo. 

Tiro opinativo

Um policial muito interessante e envolvente, em que não se consegue parar de ler desde o ínicio. Não adivinhei o final que foi de facto surpreendente. Aconselho esta leitura para os fãs da Mary Higgins Clark que não se vão desiludir.

Classificação

Cartucho de Prata

Curiosidade

Este livro foi adaptado para o cinema em 2003. Se quiserem saber mais sobre o filme, podem visitar aqui, onde estão as fotografias e os trailers.



Explodido - "A Melodia do Amor", de Lesley Pearse



Leitura: 06 a 31 de Março
Páginas: 520
Editor: ASA
Tradução: Mário Dias Correia
Sinopse: aqui

Tiro opinativo


Fiquei bastante desiludido, não pelo enredo histórico que até está bastante bom, mas sim pela construção das personagens e pelo desenvolvimento da própria história que é demasiado leve. Não me senti totalmente ligado com os personagens. Ao principio, custou-me imenso a entrar e só ao fim de umas 200 páginas lidas é que fiquei retido com a corrida ao ouro no sec. XIX. As descrições são impressionantes que nunca pensei que tivesse acontecido assim, como por exemplo, a loucura e o desespero das pessoas em perseguir o ouro... Se não fosse a escrita desta autora, teria apreciado muito.



Classificação
Cartucho de cobre 
 
 
À Caça de adversários
Recomendo a leitura dos seguintes alvos atingidos que explicam melhor a história do livro até apresentam fotografias relacionadas com a corrida ao ouro.
A Árvore dos livros
As leituras da Fernanda 
O tempo entre os meus livros
 

Prémio Dardos

Fui atingido inesperadamente pela dona adversária do blog "...viajar pela leitura", pelo facto de ter atribuído, ao meu humilde mas aguerrido blog, um bombástico tiro premiado.



"O Prémio Dardos reconhece os valores que cada blogueiro mostra em cada dia no seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais... que, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, entre as suas palavras."
.
Possui três regras:
1- Se aceitar, exibir a imagem.
2- Linkar o blog do qual recebeu o prémio.
3- Escolher 15 blogs para entregar o Prémio Dardos

 O meu tiro premiado vai para... (não fujam!!!!)







Explodido - "A Noiva Indiana" de Karin Fossum



Leitura: 20 Fevereiro a 5 Março
Páginas: 280
Editor: Oceanos
Sinopse: aqui


Tiro opinativo


Ainda não percebi o sentido da frase escrita na capa do livro, este sendo considerado como um dos melhores policiais nórdicos, porque de facto não achei.
Fiquei irremediavelmente preso nas primeiras páginas, quando o protagonista parte para a Índia à procura da esposa, onde acaba por encontrá-la e casar com ela. Ele regressa sozinho e a esposa noutro dia. Quando esta chega ao país frio, é assassinada.
Desde então não tenho parado de ler, desconfiado com esta ou aquela ou outra personagem. Eram muitos os suspeitos daquela vila que escondiam os seus segredos íntimos. Muitos que a poderiam ter matado…
Se não fosse o final aberto, teria dado uma excelente história policial. Foi o único senão que me deixou desiludido.



Classificação
Cartucho de cobre

À Caça de adversários

Estante de livros (recomendo a leitura deste tiro adversário)

Explodido - "A Filha da Tempestade" de Molly Jackson




Leitura: 31 Janeiro a 17 Fevereiro de 2012
Páginas: 448
Editora: Edições ASA
Sinopse: aqui
Tradução: Mário Dias Correia

Tiro Opinativo
 

Fiquei deliciado com a escrita que me envolveu por completo, não querendo sair da história. Mal comecei a ler, senti-me preso nas primeiras linhas, bastante intrigado com o mistério acerca do pai do Robbie Fraser. A mãe deste, até à sua morte, nunca lhe falara do progenitor. O bilhete misterioso a dizer que o seu pai está em perigo, leva-o à Escócia. Afinal, está vivo? Quem é ele? Porque é que a mãe evitava de falar dele? Em perigo de quê?
O mistério transporta-nos para a Escócia na ânsia de saber quem é, de facto, o pai dele. Seguimos um Robbie baralhado, furioso, revoltado, perdido... O que realmente se passou para que a mãe do Robbie odiasse tanto o pai?
Lá na pequena vila piscátória encontramos um leque de personagens. Senti empatia com umas e ódio noutras, cheirando a maresia da Escócia, com os barcos coloridos de pesca e as nuvens cinzentas como pano de fundo.
Uma leitura que realmente me deu gozo de ler. Recomendo a leitura para quem gosta de saborear o mistério devagarinho e de mastigar os ingredientes como o amor, a infidelidade, a traição e a rivalidade de famílias.



 
Classificação
Cartucho de Prata

À Caça de Adversários
Tertúlias à lareira

Balanço literário de 2011

Nº de Cartuchos Explodidos
31




Li menos 7 cartuchos em comparação ao ano anterior. Quanto ler menos livros, melhor. Já não me interessa a quantidade de livros lidos. Já não fico desiludido por o nº ser cada vez menos. Não é saudável ler só para atingir um objectivo que é ler 100 livros por ano, pois isto tira todo o prazer de ler e também de viver a realidade. O meu lema de agora é devorar um cartucho com espontaneidade, de acordo com o meu estado de espírito, e também, quando ouvir um chamamento de um livro cativante.


Cartuchos no TOP 10




Cartuchos Semi-Explodidos
(desistência)


Cartuchos Congelados
(serão lidos numa altura mais propícia)



Cartuchos de Lixeira


Autores mais lidos:
Camilla Läckberg (4 livros)
Ken Follett (3 livros)
Mary Higgins Clark (3 livros)
Zibia Gasparetto (2 livros)
Danielle Steel (2 livros)


Nº de autores lidos

sexo masculino: 6
sexo feminino: 14