Explodido - "Com o amor não se brinca", de Mônica de Castro

Leitura: 28 Out. a 4 Nov. 2012 
Páginas: 272 
Editora: Vida & Consciência 
Sinopse: aqui


Tiro opinativo

Que dizer deste cartucho literário de edição brasileira e psicografado pelo espírito Leonel? A capa e o titulo impulsionaram-me para ler e mergulhei nesta história com uma sede misteriosa.

Trata-se de um romance espirita, envolvendo dois gêmeos verdadeiros e uma mulher, no tempo em que havia escravatura, cavalos e fazendas . Um dos gémeos tem um ódio tão grande pelo outro e irá fazer tudo para danificar a felicidade deste.  


Pág. 26

“Já era tarde da noite, e Júlia não conseguia conciliar o sono. Por mais que quisesse, não podia parar de pensar em Fausto. Ele era um rapaz maravilhoso. Bonito, maduro e, acima de tudo, uma alma boa e generosa. Lembrou-se do piquenique do outro dia, do quanto riram e gargalharam juntos. Estava feliz. Gostava dele e sabia que ele também gostava dela. Quem sabe agora, finalmente, não poderia amar alguém de verdade? Ela também já não era mais nenhuma menininha. Já passara dos vinte e cinco anos e ultrapassara, em muito, a idade de se casar. No entanto, jamais se apaixonara por ninguém. Todos os homens que conhecia eram frívolos e fúteis, e nada tinham a oferecer. Júlia, ao contrário das outras moças, não se importava de ficar solteira. O que não queria era casar-se por medo ou obrigação. Não precisava de ninguém, e pouco lhe importava a opinião que faziam a seu respeito. Se quisessem, que a chamassem de solteirona. Mas ela não se casaria sem amor. Isso nunca. Só que Fausto… era diferente. Era íntegro, honesto, interessante, e ela já não conseguia esconder de si mesma a atração que sentia por ele.

Em seu quarto, Fausto também não parava de pensar em Júlia. Ela era maravilhosa! Linda, meiga, alegre e decidida. Tudo o que um homem feito ele poderia desejar numa mulher. Assim como Júlia, Fausto também se apaixonara. Sabia que seu coração ansiava por encontrá-la novamente e sentia como se tivessem nascido um para o outro. No entanto, havia ainda Rodolfo. Ele conhecia o irmão muito bem para saber que ele também se interessara por ela. Mas, o que diria Júlia? Eles eram gêmeos, e será que ela já teria firmado uma preferência entre eles? Fausto sorriu intimamente. Estava certo de que Júlia gostara dele e não do irmão. Eles não ficaram quase tempo nenhum juntos. Ele sentiu pena de Rodolfo. Se também estivesse apaixonado, sabia que iria sofrer, porque ele não iria abrir mão da amada em função de ninguém.

Rodolfo, por sua vez, passeava no jardim. Ia fumando seu charuto, caminhando vagarosamente, penetrando por entre a escuridão que a madrugada sem lua deitava sobre a terra. Também ia pensando. Júlia era uma moça encantadora, e ele não podia esconder o seu interesse. Sabia, porém, que o coração dela já estava preso ao de Fausto. Pudera perceber que o irmão gostava dela e que era correspondido nesse sentimento. Pensando nisso, sentiu uma pontada de raiva, e o ciúme começou a doer dentro do peito. O que fazer? Ele ficou ali, imaginando um meio de acabar com aquele encantamento entre Fausto e Júlia. Precisava tomá-la do irmão a qualquer preço. Depois que conseguisse separá-los, veria o que fazer com ela.”


E cheguei ao final do cartucho bastante emocionado, impressionado e tocado. Os sentimentos que transparecem nesta história são bastante reais. O amor, o ciume, a amizade, a vingança, o ódio, a humilhação... Há os bons e os maus. E encontramos todas as respostas no final. Tudo isto tem a ver com vidas passadas (reencarnação).

Gostei muito, um cartucho definitivamente a guardar!

1 comentário:

  1. Mais um para a lista " a comprar". :) deve ser do género da Zibia Gasparetto, não?

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