Explodido - "Nada é por acaso", de Zibia Gasparetto

Leitura: 23 a 30 Jan. 2013 
Páginas:304 
Editora: Nascente 
Sinopse: aqui 

Tiro opinativo 

Mais um livro da Zibia Gasparetto que não me deixou desiludido. Os livros desta autora transmitem uma energia que me põe arrepiado e emocionado e ao mesmo tempo me dá uma sensação de paz e segurança.

Neste livro, o tema controverso gira em torno da mãe aluguer. Será que esta procedeu bem ao dar o seu bebé a um casal e receber em troca 1 milhão de doláres? O que acontecerá ao casal que fica com o filho da mãe aluguer? O marido teve relações sexuais com a mãe aluguer, sob o consentimento da mulher, mas fizeram-no às escuras. Porque é que todos tiveram que passar por esta situação toda? Como irá acabar esta história? Para melhor ou para pior? De que é que todos vão aprender com este desafio que a vida lhes oferece? As respostas estão no final e está garantido que mesmo nada é por acaso!

A escrita é muito simples, mas contém diálogos fluentes e interessantes, carregados de sabedoria e espiritualidade. Mantém-nos agarrados desde o início e faz com que não queiramos sair da história, pois contém uma iluminação que nos atrai. Temos uma forte empatia com os personagens que tanto pode ser nossos amigos como nossos familiares. Reconhecemos os problemas do nosso dia-a-dia e as dificuldades que temos quando passamos por alguns desafios que a vida nos oferece. O perdão é crucial para o equilíbrio espiritual e é a parte mais difícil da humanidade.

 É preciso ter-se espírito aberto e acessível para ler uma história destas. 


Classificação 
Cartucho de Prata

Explodido - "Águas Calmas", de Tami Hoag

Leitura: 10 a 21 Jan. 2013 
Páginas:584
Editora: 11x17
Sinopse: aqui 

Tiro opinativo 

Este foi o primeiro livro que decidi experimentar a autora Tami Hoag. Foi a elucidação da capa e também a sinopse que me deixaram algo curioso. Imaginava que esta autora fosse como a Patrícia MacDonald ou a Mary Higgins Clark, e afinal não tem comparação com uma nem com a outra. O estilo de escrita é mais elástico, digamos mais descritivo.

Neste livro, a carga psicológica sobressai mais à carga policial que é quase nula, ou seja, a história centra-se mais propriamente nos personagens da cidade rural onde houve um homicídio: a vida de cada um, os seus sentimentos mais profundos como desilusões, receios, traições. O ritmo é lento como passo de caracol, não há acção que vibrasse o enredo, mas a forma de como os personagens são despidos em palavras e como se relacionam uns com os outros, é interessante. Fiquei bastante familiarizado com a Elizabeth e o seu filho, com o Dane e a sua filha, com a Joyln, entre outros. Senti como se eu próprio estivesse a viver nessa cidade rural, e ainda fiquei a saber mais sobre a cultura dos amish.

Quem matou o magnata local? Todos guardam os segredos e são suspeitos. E só no último capitulo é que é revelado o assassino.

Gostei muito e pretendo ler mais livros da autora.


Classificação 
Cartucho de Cobre

Explodido - "A Minha História com BOB", de James Bowen

Leitura: 5 a  9 Jan. 2013 
Páginas: 192
Editora: Porto Editora
Sinopse: aqui

Tiro opinativo 

Adorei conhecer BOB, um gato adorável e excepcional, que ajudou um músico de rua a recuperar-se.

Como é que James Bowen se envederou pela droga e se tornou num músico de rua de Londres? Ele tem uma família que pertence à boa classe social e empregadora... Não fazia ideia o quanto trabalhoso e duro é ser-se pedinte de rua, mais especificamente, tocando uma música ou outra coisa qualquer. Quando olhamos para os pedintes, a primeira coisa que nos passam pela cabeça é que o dinheiro é para droga ou que eles não querem trabalhar. Mas há casos como o James Bowen que merecem atenção e apoio. O músico com as suas palavras fazem-nos sentir a miséria e o desespero que ele sentia no seu dia a dia, as pessoas que não lhe davam trabalho por ele ser um toxicodependente ou um sem-abrigo, e não o viam como se ele fosse um ser invisivel. A mãe dele nem fazia ideia do que se passava com o seu próprio filho... 


Quero contar o que o BOB fez ao músico, o que é que este gato tem de tão especial, mas isto seria estragar a magia do livro. Cada acção felina surpeendeu-me, emocionou-me e tocou-me. Posso afirmar que o BOB é um anjo caído do céu para salvar o James Bowen. Foi o BOB que subiu para o ombro do rapaz e ali se encaixou... Tornaram-se os dois inseparáveis.

Um livro admirável que recomendo a todos!!! 


Documentário


Explodido - "Um estranho em casa", de Patricia MacDonald

Leitura: 28 Dez. 2012 a 4 Jan. 2013 
Páginas: 400 
Editora: 11x17 
Sinopse: aqui 

Tiro opinativo 

Desde as primeiras páginas, não tenho largado o livro, querendo continuar até saber o desfecho. 

Na primeira parte em que o menino de 4 anos desaparece sem deixar rasto, a dor de mãe é expressa em palavras que nos atingem em cheio. Na pele, no coração, em todo o corpo. Ao fim de 11 anos, o filho reaparece quando a raptora morre. O que lhe aconteceu exactamente? Ele não se recorda. O raptor, que anda fugido e escondido, decide revelar um segredo sobre o filho à mãe... Só que ele é assassinado antes que este segredo fosse revelado. E só saberemos o que se passou exactamente no final do livro. 

A escrita é fluída e envolvente, com o suspense se mantendo ao longo do livro. A descrição psicológica das personagens é palpável, o filho desaparece e depois reaparece... É um estranho, daí o titulo do livro. 

Este é um dos melhores que já li da Patricia Macdonald. 

Classificação 
Cartucho de Prata



Balanço de leituras explodidas em 2012




No ano 2012, rebentei menos 6 cartuchos em comparação aos explodidos em 2011. No entanto, apesar de serem poucos cartuchos, a maioria foi de prata. Foi uma guerra literária bastante rica com vitórias, aprendizagens e satisfações garantidas.


Cartuchos nos picos da Excelência




O 2012 foi um ano de descoberta, em que me levou a caçar Tess Gerritsen e Marc Levy, ambos que passaram a ser meus autores favoritos. Da Tess Gerritsen, nos seus policiais viciantes, assombrosos e cheios de reviravoltas, capturei Rizzoli e Isles e prendi-as no meu espaço de preferência ronronante. Do Marc Levy, as suas palavras pinceladas com maturidade e originalidade, transportaram-me para o fundo das personagens verdadeiras e das terras longínquas, onde me senti tocado com a beleza da amizade e do amor. 

No que respeita ao cartucho do Tiago Rebelo, foi um tiro intenso e certeiro, em que me fez recuar até ao tempo da colónia portuguesa em Angola, na pele do grande herói Carlos Augusto de Noronha e Montanha.


Cartuchos prazerosos

 

Foi prazeroso rebentar 1 cartucho literário da Camilla Lackberg, 2  do Ken Follett e 3 da Mary Higgins Clark, autores já anteriormente caçados.

Quanto à Patricia Macdonald, o meu instinto de guerreiro levou-me a caçá-la de novo. E surpreendeu-me pela positiva. A autora tornou-se definitivamente num alvo de prata para as minhas futuras caçadas.


 Cartuchos Indispensáveis

 

Os cartuchos piscografados pelos espíritas dão-me sempre uma sensação de calor e bem estar, como se fossem focos de iluminação para a nossa caminhada na Vida Terrestre.


Cartuchos Conquistados 

 

Sou suspeito em relação a este dois cartuchos, uma vez que sou um apaixonado por animais. Fiquei transtornado quando vi que não cheguei a dar os tiros opinativos sobre estes cartcuhos... O primeiro é sobre o cão chamado Huck que foge e se perde, e a família que o procura. O segundo é sobre a investigadora do laboratório de pesquisa da linguagem dos Símios com os seus 6 bonobos (animais parecidos com chimpanzés).