Os Inocentes, de Taylor Stevens, [Opinião]



Género: Ação/Thriller 
Editora: TopSeller
Sinopse: Aqui

Opinião: By Aneal

Quando iniciei este livro e após ler a sinopse, estava à espera do relato de um rapto e de uma missão de resgate cheia de acção, no entanto para além disso, fui confrontada com uma leitura chocante e com o avançar das páginas mergulhei numa negra história. “Os Inocentes” é um livro que tem tanto de bom como de chocante.

Mas quem são “Os Inocentes”? São crianças que não gritam nem se queixam, ensinadas acatar ordens, sem questionar, crianças que já não pertencem aos seus pais, que se tornam propriedade de um “profeta”, que delas faz o que quer, usando como doutrina que tudo é permitido desde que seja fundado no amor. É a partir disto que entramos no horror da pedofilia, na inocência de uma infância perdida, no fanatismo doentio tão próprio de muitas seitas religiosas.

Munroe a heroína de “O Informacionista”, está de volta neste livro, mais letal e mais atormentada que nunca. Não conseguindo desligar-se do seu passado, que já não a visita apenas nas suas memórias, mas chega todas as noites sob a forma de pesadelos, tornando insuportável a sua existência e levando-a a um estado de auto-destruição.

Contudo ela é a pessoa indicada para ajudar o seu amigo Logan a resgatar uma menina que foi retirada à sua mãe e entregue pelo padrasto a uma seita religiosa denominada “Os Eleitos”. Acompanhada mais uma vez por Miles, ambos irrompem numa aventura cheia de adrenalina desta vez em Buenos Aires, onde o tempo é o seu pior inimigo, colocando a sua vida em perigo e oferecendo ao leitor momentos cheios de tensão.

“Os Inocentes” é um livro que nos recorda, mostra e faz reflectir, sobre o quanto a mente humana pode ser fraca e facilmente manipulada, como o mundo pode ser cruel para os indefesos que caiem nas mãos de predadores e as consequências marcantes desses actos.

Adorei este livro, mais do que o anterior. Menos descritivo em relação aos cenários, a acção embora presente, não é tão vertiginosa, mas a componente psicológica neste é mais intensa. 

Pelo que li da bibliografia da autora, ninguém melhor que ela para agarrar neste tema e escrever um fantástico livro aproveitando a sua experiência de vida, partilhando-a com os seus leitores, oferecendo uma escrita capaz de despertar um turbilhão de sentimentos e que fez com eu pegasse no livro e me apagasse para tudo o que me rodeava, ficando apenas eu e as letras impressas nas suas paginas.

Vou ficar ansiosamente à espera do seu terceiro livro "A Boneca". Taylor tornou-se uma escritora a não perder!




Classificação Aneal: (8/10)


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